O documentário
“Clementina de Jesus- Rainha Quelé” foi selecionado para participar em mais dois
festivais de cinema brasileiros.
A obra, dirigida pelo
sorocabano Werinton Kermes, com roteiro de Míriam Cris Carlos, traz relatos e
informações sobre a cantora Clementina de Jesus, falecida há quase 25 anos.
“Quelé”, como era chamada carinhosamente pelos amigos, trabalhou como empregada
doméstica até os seus 62 anos, quando foi descoberta pelo pesquisador de música
popular brasileira Hermínio Bello de Carvalho, em 1963. A partir daí, começou a
dividir os palcos mais importantes do Brasil com artistas
consagrados.
Cantores como
Martinho da Vila, Leci Brandão, Cristina Buarque de Holanda, Carlinhos
Vergueiro, João Bosco e Paulinho da Viola, entre outros, participam da obra,
falando um pouco das suas lembranças relacionadas à Clementina.
Produzido para ter
finalidade histórica, cultural e jornalística, o filme percorre festivais e
mostras alternativas de cinema e vídeo, sem o interesse comercial. Neste sábado,
19/05, será exibido na 2ª Mostra de Cinema de Ipoema (distrito de Itabira/MG),
que traz o tema “Cultura e Patrimônio Popular”, uma forma de resgatar a nossa
história através da observação e do diálogo com a história do outro, através do
reconhecimento do rico patrimônio cultural imaterial que nosso país habita,
através da sabedoria popular passada por gerações, através da oralidade, da
ancestralidade, dos modos de fazer, das formas de expressão, das celebrações,
das festas, das danças populares, lendas, músicas, hábitos e outras tradições
intangíveis que revelam as várias filosofias de vida da sociedade
contemporânea.
Na primeira semana de
junho, em data ainda não divulgada, será exibido na 4ª edição do In-Edit Brasil
Festival Internacional do Documentário Musical, um evento cinematográfico que
tem como objetivo fomentar a produção e a difusão de filmes documentários que
tenham a musica como elemento integrador.
“Clementina de Jesus
– Rainha Quelé” foi lançado em 2011 e já participou de doze festivais, tendo
conquistado três prêmios, foi exibido em todos os Espaços Culturais estaduais da
Bahia, mostras temáticas do SESC SP, cineclubes, TV Comunitária, escolas,
universidades e uma cópia foi requisitada e agora integra o acervo da Academia
Brasileira de Letras. Para os próximos meses já estão previstas exibições em
salas de cinema alternativas e espaços culturais.
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Luciana Lopez
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