16 de set. de 2017

Madia divide palco com Pedro Luís e a Parede no Sesc

Jornal Cruzeiro do Sul
 Felipe Shikama

Madia mostra músicas autorais de várias fases da carreira - DIVULGAÇÃO

“O batuque tem poder agregador”. A afirmação é do cantor e compositor sorocabano Carlos Madia, que neste sábado (16) à noite dividirá o palco do Sesc Sorocaba com a banda carioca Pedro Luís e a Parede no show de lançamento do primeiro videoclipe de sua carreira.

Em seguida, a Plap, como a Pedro Luís e a Parede é conhecida pelos fãs, revisitará canções do Astronauta Tupy, álbum de estreia que está comemorando 20 anos. O show ocorre às 20h, no teatro do Sesc (rua Barão de Piratininga, 555) e os ingressos, disponíveis até o fechamento desta edição, custam R$ 17.

O encontro no palco celebra a amizade e a parceria entre Madia com os integrantes da Plap, fundadores do Monobloco, que participaram da gravação do single É melhor batucar, cujo o videoclipe dirigido por Juca Mencacci, de Sorocaba, será exibido em primeira mão no início do show.

Antes de Pedro Luís e a Parede subir ao placo, Carlos Madia apresentará músicas autorais de várias fases de sua carreira, compostas sozinho e em parcerias com Tom Soares e Míriam Cris Carlos. “Também vou tocar várias inéditas que farão parte do meu próximo álbum, que vai se chamar É melhor batucar”, revela.

O cantor sorocabano será acompanhado de Cleber Almeida (baixo), Paulo Almeida (bateria), Gustavo Marques (guitarra), Gabriel Walsh (pianista e sanfona) e Luiz Anthony (cavaquinho, bandolim e guitarra). O show, com figurino e cenário assinados por Elaine Buzato, terá projeções visuais de Juca Mencacci.

O “poder agregador” do batuque, mencionado por Madia, se deve, segundo ele, à capacidade que as rodas de percussão têm de aproximar as pessoas e consolidar a união pela afinidade musical e pessoal. Ele diz ser fã de Pedro Luís e a Parede desde a primeira audição, em 2002, quando morava no Japão. “Comprei o CD por acaso e foi paixão à primeira. Senti uma identificação forte porque havia uma coisa rítmica muito interessante, era um som que eu queria fazer”, lembra.

Em 2015, Madia passou a frequentar as oficinas de percussão do Monobloco, ministradas pelos integrantes da Plap. “Eu gostei tanto da energia que, além de frequentar as aulas em São Paulo, todas as quartas, eu passei a ir para o Rio de Janeiro, todas as terças”, conta o músico, que nos ensaios com mais de 100 percussionistas, troca palheta e violão por baquetas e caixa. “Depois que eu comecei a frequentar a oficina, vieram muitas ideias. Fiz várias músicas inspiradas no Monobloco e os caras da Parede, que são supergenerosos, viraram meus amigos”, complementa.

Além de Pedro Luís (voz violão e guitarra), a Plap é formada por Celso Alvim (bateria e percussão), C.A. Ferrari (bateria e percussão), Sidon Silva (bateria e percussão) e Mário Moura (baixo).

Alvim comenta que a ideia de revisitar o repertório do disco de estreia foi de Madia e, depois de Sorocaba, a comemoração de Astronauta Tupy ganhará turnê pelo País. Segundo o percussionista carioca, o álbum produzido por Tom Capone foi decisivo para a consolidação da identidade do grupo, reconhecido pelas letras de cunho social, como Chuva de bala e Pena de vida, embaladas em ritmos que misturaram samba, rap, rock, maracatu e funk. “É um álbum fundamental, porque transformou a nossa parte instrumental”, diz.

Ele detalha que durante a mixagem do álbum, Capone criou naipes de percussão e inseriu ruídos inusitados de latas e ferros. “Ao final, a gente precisou reaprender a tocar as nossas próprias músicas e encontrar soluções para que a gente conseguisse, no ao vivo, uma sonoridade parecida com o disco. O resultado ficou tão bom que a gente mantém isso até hoje”, relata.

http://www.jornalcruzeiro.com.br/materia/820308/madia-divide-palco-com-pedro-luis-e-a-parede-no-sesc

Nenhum comentário:

Postar um comentário