Namorados compartilham sonhos, responsabilidade e compromissos. Há também os que além de parceiros na vida afetiva se uniram na profissão de artista, e com isso conquistaram harmonia no trabalho e no relacionamento. Aos namorados de primeira viagem que viverão momentos especiais neste sábado, a Coluna Presença oferece exemplos de amantes aproximados pela afinidade sentimental e das ocupações que passaram a ter conjuntamente, unindo forças e se dedicando com amor a tudo que fazem. Quem assiste a uma apresentação de Valter Silva e Elaine Buzato logo percebe que se trata de um casal feliz. Há 11 anos os dois desenvolvem trabalhos em música e teatro voltados para crianças, com contação de histórias e cantigas. Quando estão juntos, a sintonia é perceptível: um consegue prever a atitude do outro e adivinhar pensamentos sem trocar sequer uma palavra. A história deles começou em 1999, quando Elaine foi a um show em que seu futuro amor participava. Encantada com o trabalho de Valter, passou a manter contato e encomendar músicas para suas peças teatrais. Certo dia, uma dessas músicas veio acompanhada de uma flautinha de bambu com versos apaixonados. A essa altura, ambos já se gostavam. Para ela, vida amorosa e profissional são indissociáveis. Até brinco que a gente briga pouco, porque fazemos tudo junto e uma coisa influencia a outra. Quando estamos bem ficamos inspirados, e se a gente ficou mal, isso também influencia na hora de trabalhar. Parece que é tudo junto, tanto é que todo mundo comenta que no nosso espetáculo tem muita sintonia e a gente só se olha e já sabe o que vai acontecer, explica. Quando está ansiosa por alguma estreia ou exibição, Elaine desabafa com Valter e afirma que no fim das contas o que mais importa é o amor. Falar isso me acalma. Depois de tantos anos o romantismo ainda se manteve na vida do casal, com cartinhas, poemas e outras surpresas que surgem vez ou outra. Werinton Kermes é produtor cultural e já desenvolveu um sem fim de atividades relacionadas à arte. Mirian Cris Carlos é escritora, dá aulas e também apresenta um programa de TV. Juntos, os dois descobriram que somar talento e amor tornava tudo mais próspero. E é assim que eles vivem há 13 anos. A gente não tem um determinado horário em que encerra o expediente e passamos a desfrutar de outro momento. É tudo muito misturado, explica Mirian. O primeiro contato foi durante uma temporada de atividades na Oficina Cultural Grande Otelo, em 1997. Ela ministrava um curso e ele atuava como técnico. Nos conhecemos pelo trabalho, aí a gente começou a se aproximar e ele me convidou para um projeto, um livro de fotografias em que eu assinaria os textos. Até então não tínhamos nenhuma aproximação afetiva, mas o tempo foi passando, a gente foi se conhecendo e descobrimos que tínhamos muitos interesses em comum. A partir daí estava iniciada a parceria que se manteve forte, seja na vida conjugal ou no trabalho. A gente não separa trabalho de relacionamento amoroso, até mesmo por haver muita coisa em comum em todas as instâncias das nossas vidas, argumenta. O casal acredita que qualquer relacionamento duradouro necessita de momentos especiais, como ouvir música juntos num disco de vinil antigo, tocar uma música juntos no violão ou sair para jantar de vez em quando, conforme sugere Mirian. Trabalhamos bastante juntos, mas as atividades que exercemos separadamente toma muito tempo. Então acho que a qualidade das horas que passamos juntos é essencial para não deixar que a rotina tome conta de tudo, conclui a escritora. A velha máxima de dançar conforme a música parece se aplicar perfeitamente à vida dos bailarinos Sílvia Laís e Maurício Bodelon. Ele ainda era jogador de basquete quando a conheceu no carnaval de 1981 e foi convencido a se aventurar pelos caminhos do balé clássico. Ela estava prestes a inaugurar uma escola de dança em São Paulo, onde morava, quando resolveu se mudar definitivamente para Sorocaba e abrir aqui a tão sonhada escola e viver seu grande amor. A prova de fogo do casal aconteceu anos depois, quando um bailarino que se apresentaria com Sílvia adoeceu. Era final de ano e o Maurício teve que pegar a coreografia bem rápido. Nessa época, ele estudava Administração, depois se formou em Educação Física, namoramos, ficamos sócios na academia, nos casamos e até hoje estamos juntos, explica a professora. Sílvia também acredita que vida profissional e conjugal permanecem inevitavelmente juntas. Por mais que a gente queira fazer essa divisão estamos sempre falando sobre aulas, da parte administrativa, etc. O mais importante é ter afinidade na relação emocional e afetiva, que os dois busquem sempre as mesmas coisas e tenhas as mesmas metas, esclarece. Na avaliação de bailarina, diálogo, compreensão e respeito são ingredientes fundamentais para um relacionamento de sucesso. Junto de tudo isso, mimos e surpresinhas colaboram para manter o casal apaixonado. A troca de presentes e as surpresas devem ser eternas, esse carinho que temos um pelo outro é cultivado todos os dias, finaliza.
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